Teoria Didática e o Ensino da Matemática - O
ensino de Matemática avança apoiado em pesquisas didáticas na área.
O professor já têm disponíveis atividades cientificamente
reconhecidas em diferentes blocos de conteúdo, como o de Números e Operações e
o de Geometria e Medidas - aos quais as situações aqui apresentadas estão
relacionadas.
No centro dos estudos aparece a resolução de problemas. Cada vez
mais, pesquisadores reforçam a ideia de que a disciplina não pode ser reduzida
a um conjunto de procedimentos mecânicos e repetitivos. "Hoje a base das
aulas está em levar a turma a construir diversos caminhos para chegar aos
resultados", explica Daniela Padovan, autora de livros didáticos. O
interessante é que durante esse processo haja registro, discussões e explicações
sobre os caminhos encontrados.
1. Estratégias de cálculo
O que é: Atividades em que são
desenvolvidos caminhos próprios para chegar ao resultado de uma operação. A
garotada pode fazer estimativas, decompor, arredondar e aproximar números. A
escolha entre a calculadora e o algoritmo (conta armada) deve ser intencional.
Muitos dos problemas em que se usa a estimativa são vinculados a
questões do dia a dia. Por exemplo: quanto tempo se leva para chegar a algum
lugar ou quanta gasolina é necessária. No que se refere ao cálculo mental,
tanto o exato quanto o de resultado aproximado, a memória é uma ferramenta
importante.
Quando propor: Em sequências didáticas específicas, atividades de sistematização e como trabalho permanente, vinculado aos conteúdos vistos em sala.
O que a criança aprende: A construir estratégias pessoais de cálculo e a se decidir, em várias situações, pela mais eficaz. Ela adquire ainda hábitos de reflexão sobre os cálculos e dispõe de meios permanentes de aproximação e controle sobre o que obtém usando técnicas como o algoritmo. Ao estimar resultados, consegue fazer a autocorreção: se a resposta fica muito distante da estimativa, algo está errado.
2. Resolução de problemas
O que é: Situação em que o aluno
coloca em jogo os conhecimentos de que dispõe. Ela sempre oferece algum tipo de
dificuldade que força a busca de soluções e resulta na produção de
conhecimento, no enriquecimento do já existente ou no questionamento do
anterior.
É necessário ref letir, produzir uma solução, registrar,
justificar, explicar e discutir o que foi feito, revisar, corrigir e validar no
grupo a solução. As discussões são momentos importantes para confrontar,
questionar e defender possibilidades de resolução, sempre utilizando argumentos
vinculados aos conhecimentos matemáticos
Quando propor: Sempre. Essa é a base de todo ensino de Matemática.
O que a criança aprende: A utilizar os conhecimentos que possui e a consultar as informações possíveis para resolver novas situações.
3. Registros orais e escritos
O que é: Trabalho em que são
explicitados os procedimentos e as formas de pensamento empregados na resolução
de um problema ou uma operação. Também são atividades relacionadas à escrita e
à leitura numéricas, em que se interpreta e produz o registro matemático.
Isso pode ser feito oralmente, em discussões e exposições em aula,
e por escrito. Os percursos pessoais de registro, que aparecem num primeiro
momento, são depois substituídos pela escrita formal dos procedimentos
matemáticos, com a utilização de números, sinais e símbolos.
Quando propor: Regularmente, de forma vinculada às sequências didáticas.
O que a criança aprende: A sistematizar o conhecimento e a socializá-lo, apropriando- se da linguagem matemática.
4. Construção, reprodução e identificação de figuras
O que é: Atividades para trabalhar
com reconhecimento das propriedades de formas e volumes. Algumas
possibilidades: o ditado, em que o professor ou um aluno descreve as
características de uma figura e o restante da classe faz a interpretação e a
representação somente com essas indicações; a construção de figuras utilizando
instrumentos (réguas, compassos, esquadros); a cópia, usando ou não modelos
presentes; e a identificação, que pode ser feita com jogos de adivinhação.
Quando propor: Uma vez por semana, de forma vinculada às sequências didáticas. Desde o início do primeiro ano.
O que a criança aprende: A analisar as propriedades e as características de diversas figuras planas e não-planas e a relacioná-las com outras.
5. Exploração e reconhecimento de corpos geométricos
O
que é: Nos
primeiros anos de escolaridade, o trabalho com grande variedade de formas para
conhecer diferenças e semelhanças entre as faces, a quantidade de vértices, as
diagonais e os lados.
Depois são estudadas com mais profundidade as propriedades de
quadrados, retângulos, cubos, círculos e esferas. É necessário relacionar as
características de uma figura com as de outras.
Quando propor: Em média uma vez por semana, vinculando ao conteúdo.
O que a criança aprende: As propriedades das figuras planas e não-planas e a relação entre elas.
6. Medição e comparação de medidas
O que é: Situações de medição
efetiva, comparação e determinação de comprimentos, capacidades, pesos e
durações. Em todas as atividades a turma precisa saber o que será mensurado,
escolher o instrumento mais adequado e decidir sobre a unidade mais eficiente
para expressar o resultado.
O trabalho pode começar com o uso de medidas não-convencionais e
depois passar para as unidades padronizadas, como metros e horas. A partir do
4º ano é possível aprofundar o estudo dos sistemas de mensuração.
Quando propor: Em média, uma vez por semana, vinculando a outras sequências didáticas, até das demais disciplinas.
O que a criança aprende: A comparar grandezas da mesma natureza, a utilizar diferentes métodos e sistemas de medição e lidar com eles.
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